Aspectos psicológicos associados à alimentação

 

A obesidade traz diversos males para crianças e adolescentes, e umas das consequências pode estar relacionada aos aspectos psicológicos, diminuindo sua autoestima. Na idade pré-escolar, as crianças já sabem enxergar diferentes características físicas entre as pessoas. Tanto é que na escola, é comum as brincadeiras entre as crianças e adolescentes sobre as diferenças físicas.

As brincadeiras podem acontecer, sim! Mas a melhor forma de passar por isso é ter uma boa conversa e explicar que diferenças existem e que devem ser respeitadas. Além disso, os pais e os professores devem acompanhar este processo de perto.

Uma estratégia que pode ser realizada pela família e escola é a realização de conversas sobre alimentação saudável e prática de atividade física. Com criatividade e de uma forma lúdica, esses assuntos podem ser abordados através de jogos e brincadeiras, para que não gerem traumas para a criança.

Todo tipo de piada com relação ao excesso peso de alguma criança é desconfortável e se agrava ainda mais quando essa situação é frequente. A melhor forma de resolver é dar força para que a criança enfrente, mostrando aos colegas o quanto se incomoda com as ofensas. Mas quando a situação fica muito grave, é necessário a intervenção da família e da escola.

Fique atenta também em alguns comportamentos das crianças e adolescentes com a alimentação, pois a partir daí é possível perceber alguns problemas psicossociais e transtornos alimentares. Exagerar na comida, com ataques constantes à geladeira, ou se recusar a comer, demonstrações de emoções através da comida podem representar problemas psicológicos. Assim, algumas vezes come compulsivamente e, sentindo-se culpada, tenta se livrar do que já ingeriu tomando laxantes, remédios ou provocando vômitos. Os pais devem ficar atentos também se os filhos perdem peso de forma muito acentuada.

A alimentação é também um laço importante nas relações de pais e filhos. Muitas vezes é um meio de comunicação. Muitas crianças usam a alimentação como chantagem e oposição, para chamar atenção dos pais. O papel da família é perceber a alteração no comportamento alimentar do filho e encaminhá-lo a um profissional de saúde.

 

  Nutricionista Bruna Mocelim