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Por que oferecer inglês para crianças na educação infantil?

Por que oferecer inglês para crianças na educação infantil?

Com as fronteiras linguísticas desaparecendo a cada dia pela facilidade de se conectar a outras culturas, o domínio do inglês se torna mais e mais fundamental. Por isso, investir para que seus filhos aprendam outro idioma significa garantir a possibilidade de que expandam seu universo, proporcionando um upgrade significativo no currículo, facilitando sua formação em programas educacionais no exterior, além do relacionamento com pessoas de todo o mundo.

Tudo bem já ser consenso que o aprendizado de inglês é regra e não mais uma opção, mais aí vêm as dúvidas: quando e como? Os questionamentos sobre quais são as melhores escolhas pipocam a todo momento. Nesse cenário, ao mesmo tempo em que vários profissionais recomendam o contato com a língua estrangeira já na infância, há quem insista em colocar aquela pulga atrás da orelha dos pais.

Afinal, vale a pena expor os filhos à língua inglesa desde a educação infantil? Já adiantamos que a resposta é um alto e sonoro sim. Mas quer saber por quê? Pois ao longo deste post vamos explicar os motivos que tornam essa uma boa estratégia, além de aliviar possíveis angústias sobre o ensino de inglês para crianças. Confira:

O que a ciência diz sobre o assunto?

Em primeiro lugar, é importante pontuar que, mesmo que estudos científicos não tenham chegado a um consenso sobre qual exatamente é a melhor idade para iniciar o ensino de um outro idioma, os benefícios trazidos pela prática ao desenvolvimento cognitivo de bebês e crianças já são mais que certos. E ainda tem mais: quanto mais cedo, melhor. Um estudo realizado na Universidade da Colúmbia Britânica buscou verificar como os bebês percebem a linguagem e como essa percepção molda seu aprendizado, notando que nenéns nascidos de mães bilíngues são capazes de registrar as diferenças entre os dois idiomas ao ouvirem suas expressões.

Outro estudo, realizado pela Universidade de Nova York em Toronto, mostrou que crianças bikíngues desenvolvem habilidades que vão muito além de vocabulários dobrados, incluindo o aprendizado de diferentes maneiras de solucionar problemas lógicos ou mesmo de lidar com tarefas múltiplas (parte da chamada função executiva do cérebro). Em outras palavras, crianças bilíngues desde cedo mostram um desenvolvimento precoce da função executiva, tornando-se cognitivamente mais flexíveis que as monolíngues.

Viu só como o aprendizado do inglês já na educação infantil, com a abordagem correta e respeito às especificidades de cada criança, só traz benefícios? E a ciência desmitificou até o medo de muitos pais de que as crianças podem confundir as duas línguas. Muito pelo contrário, elas entendem bem em quais situações comunicativas devem utilizar cada idioma, sem atropelos.

Quais são os benefícios para bebês e crianças?

Pense assim: quando nascemos, somos praticamente folhas em branco, certo? Em nosso contato com o mundo, com a experiência cotidiana com outras pessoas e com a escola, é que aprendemos regras sociais, códigos compartilhados e até mesmo o funcionamento do nosso idioma, de modo empírico. Olhando para trás, verá que o processo de aprendizado até finalmente dominar a língua materna se deu por meio de sua vivência desde o primeiro instante de vida. Aos poucos, aquela folha em branco foi ganhando termos, frases e associações com o mundo.

Agora pense no contato com duas línguas quando ainda se é bebê ou criança. A estaca zero (ou quase zero) facilita o aprendizado a partir do momento em que não será preciso construir todo um mundo simbólico em português para depois traduzi-lo, mas sim construir um mundo simbólico em que a língua estrangeira faz tanto sentido quanto o português, sendo por isso naturalizada. Assim, crianças educadas em duas línguas serão adultos mais confiantes, porque terão aprendido a se comunicar de forma gradativa, lúdica e pela experiência.

Ainda não se convenceu? Então vale ressaltarmos que uma pesquisa feita em conjunto pelas instituições Concordia University, York University e Université de Provence afirma que crianças bilíngues tendem a focar mais em tarefas e a desenvolver uma atenção mais direcionada que seus colegas monolíngues. Ou seja: ter contato com a língua inglesa desde bebê não só fará com que seus filhos adquiram fluência no idioma, mas também que desenvolvam outras capacidades, como criatividade e facilidade para lidar com novidades.

Como é a abordagem desse ensino?

Cada criança tem seu próprio processo de aprendizado, com um ritmo diferente, necessitando portanto de estímulos específicos que a impulsionem. Por esse motivo, além da faixa etária, é claro, é preciso ter uma dose extra de sensibilidade para ensinar a língua inglesa a bebês e crianças desde cedo, pensando no bilinguismo como um processo gradativo e constante.

Na educação infantil, deve-se ter o cuidado de não explorar a leitura ou a escrita de palavras em inglês, uma vez que o período de alfabetização da criança precisa ser respeitado. Devido à idade, a melhor abordagem consiste no ensino de inglês a partir da sonoridade da língua, da mesma forma como fazemos com nossa língua materna: primeiramente aprendemos a falar e a entender o que ouvimos para, depois, aprendermos a ler e a escrever.

O ensino ideal se dá por meio de atividades lúdicas que guardam relação com o cotidiano da criança. Por isso, contar histórias, promover jogos e brincadeiras, dramatizar situações (com bonecos e fantoches) e recorrer às músicas são sempre ótimas opções. Expressões cordiais são introduzidas aos poucos e todo o processo deve levar em consideração tanto o tempo da criança como o desenvolvimento de seu potencial criativo. Assim, aprender inglês será tão divertido e natural que a criança sequer perceberá que está, de fato, aprendendo! A experiência deve ser prazerosa e as técnicas, adequadas à idade. Não faz sentido, por exemplo, ensinar regras gramaticais a uma criança muito pequena. Mas não se preocupe, porque, no tempo certo, ela desenvolverá esse tipo de habilidade.

E como os pais podem ajudar no processo?

Primeiramente, é preciso que os pais tenham cuidado ao escolher a escola onde os filhos terão sua educação bilíngue ou multilingual. Os valores e a filosofia da instituição devem estar em plena concordância com os critérios da família. E se essa cautela já é fundamental para escolher a escola de ensino monolíngue, deve ser redobrada para o caso de contato com mais de um idioma, pois o processo envolve atenção à maturidade emocional e cognitiva das crianças, além de flexibilidade.

Além do mais, é essencial que os pais se envolvam na vida escolar dos filhos, incentivando o aprendizado do inglês sem os sufocar com cobranças ou demonstrações excessivas de expectativas. Reagir positivamente às manifestações da criança em língua inglesa é bom para que ela se sinta mais segura e desinibida. Já cobrar a tradução de textos ou testar o conhecimento dos filhos, especialmente na frente de outras pessoas, pode ser prejudicial. É preciso que as crianças vivenciem o inglês de forma natural, com incentivos e sem pressão. Vale a pena estimular a prática da língua estrangeira em casa, com livros, filmes, seriados, desenhos e outros recursos adequados à idade.

 

 

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